Nos últimos 20 a 30
anos, as sociedades capitalistas atravessaram profundas mudanças econômicas, políticas
e culturais, enquanto as sociedades ditas socialistas praticamente
desapareceram. Um certo padrao de organização da
produção e do trabalho, de acesso ao consumo de bens essenciais e culturais, de
pactos sociais e políticos, até mesmo de ocupação do tempo livre e
entretenimento, padrão este ao qual muitos autores denominam “fordismo” mas que
também se identificaría ao “Estado do bem-estar social”, foi amplamente superado
por um novo padrao que caracteriza isto
que hoje muitos autores e os media, em geral, chamam
“globalização”; outros autores preferem denominar por “capitalismo
informacional” (Castells, 1999), ou ainda “capitalismo cognitivo” (Azais et alii, 2001), ou ainda, como David Harvey (1996), “acumulação
flexível”, etc. O próprio fato de a realidade contemporânea estar a demandar
algum novo significante que possa dar conta
de seus significados, indica
inequivocamente estarmos diante de fenômenos cuja natureza ainda pode estar a
exigir melhor esclarecimento, mas cuja qualidade não se pode mais confundir com
aquelas características das sociedades industriais mais ou menos avançadas, até
os anos 70 ou 80 do século passado.
No hay comentarios:
Publicar un comentario